segunda-feira, 4 de maio de 2009

Triânuglo das bermudas

Convém-me tua boca sublime
e dentre as estrelas seu brilho reluz
hoje lembro-te vedado de mar
e tu lembra-me vedada de luz.

Aqui vou às brisas deste oceano
que de meus olhos já não podem mais
desaguar na face de meus planos
que as noites a saudade traz.

Cada navio que em minha face desliza
exércitos cabais guerreiam comigo
em minha boca as águas se perdem
mas viverei para morrer contigo.

Ouves? O orvalho quer me contar
que a cada gota o amor bombardeia
em mim- a tua falta- gorjeia
como os corpos na guerra a cantar.

-Espartano 
(Mateus Araujo)

Desdita

"Um dia que te tenho em minhas mãos
Outro que escorre entre meus dedos
Teu amor que me espanta os medos
Talvez nos faça, mais próximo que irmãos.

Mas, te perco nos devaneios de minha loucura
Quero beijar-te novamente, que temos, no mundo
Mas a guerra, Espartano, esta é teu sentimento fundo
E não irei aguentar, esperando a mesura

Forjados e lapidados fomos feitos
O medo que me corrompe na temporada de tempo
Tu és nobre, mas some ao relento
Mas, esperarei, deitada em meu leito.

Só não demores a voltar
Dessa vez, outra vida te espera em modos
Algo que dentro de mim balança, não há incomodos
Mas sem ti, nenhum de nós irá respirar."


- Rosa