quarta-feira, 1 de julho de 2009

O sangue de Rosa

Noites em claro olhando ao relento,
Venhas abraçar-me, não desvencilhe de seu caminho
Óh, este sngue que derramo entre as pernas
As naúseas que me torturam no meu frio pecato.

Meu ventre abra-se em um teatro de morte,
Eis que agora não possuo a vida em mim
Tãõ fortemente me arrebatou como me deixou
Salve-me da angústia que estou.

Fui vítima da tua espada guerreira
E não houve frutos, as flores secaram
Sementes perdidas pela minha fonte intocada
Não me abandones agora, óh Espartano.

Tão morta o quanto se foi e restou de mim
Ainda guardo por ti meu apreço
É por ti que ainda respiro esse ar venenoso,
Prfura-me os próprios espinhos de meu corpo.

Espartano, venha para mim e deite em meu leito
De nada me restou, apenas ti
Perdemos o pequeno que geramos,
Mas ainda tenho teus abraços a retirar-me as mágoas.

- Rosa
(Nayara K.)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Triânuglo das bermudas

Convém-me tua boca sublime
e dentre as estrelas seu brilho reluz
hoje lembro-te vedado de mar
e tu lembra-me vedada de luz.

Aqui vou às brisas deste oceano
que de meus olhos já não podem mais
desaguar na face de meus planos
que as noites a saudade traz.

Cada navio que em minha face desliza
exércitos cabais guerreiam comigo
em minha boca as águas se perdem
mas viverei para morrer contigo.

Ouves? O orvalho quer me contar
que a cada gota o amor bombardeia
em mim- a tua falta- gorjeia
como os corpos na guerra a cantar.

-Espartano 
(Mateus Araujo)

Desdita

"Um dia que te tenho em minhas mãos
Outro que escorre entre meus dedos
Teu amor que me espanta os medos
Talvez nos faça, mais próximo que irmãos.

Mas, te perco nos devaneios de minha loucura
Quero beijar-te novamente, que temos, no mundo
Mas a guerra, Espartano, esta é teu sentimento fundo
E não irei aguentar, esperando a mesura

Forjados e lapidados fomos feitos
O medo que me corrompe na temporada de tempo
Tu és nobre, mas some ao relento
Mas, esperarei, deitada em meu leito.

Só não demores a voltar
Dessa vez, outra vida te espera em modos
Algo que dentro de mim balança, não há incomodos
Mas sem ti, nenhum de nós irá respirar."


- Rosa

domingo, 4 de janeiro de 2009

O abraço



Abro a janela do meu mundo
Recebo as ventanias dos sete mares
Me perco em devaneios contínuos
E acabo no mesmo caminho oblíquo.

Uma estrada de terra seca
Que me chama, me traga
E nesse medo e curiosidade
Descubro alguém para cobrir meus fantasmas

...Espartano!


-Rosa ( Nayara K.)


Recebo um poema noturno,
contído agora em minha vida fatigada,
tu és a Rosa que traz-me o lume
ao tédio contínuo da ânsia abastada.

trago-te agora
a arda chuva crispada
molhar-te a terra seca
e incisar com minha espada
pedra intensa encera em cena
incensa de vedra insensata
sob tua destra isenta
que me escreve amada sensata.

As águas dos mares são sinuosas
e nem por isso traz-nos desassossego
sinta o vento de tua janela
trazer-te aos braços um abraço de apego...

...o meu abraço...


-Espartano
Espartano,
contigo irei até onde os ventos são secos
Irei aonde existam vidas e beldades
Te encorajarei a dilacerar as maldades.

-Rosa

Convite

volto-me intacto
a guerra por fim termina
e vem esvaecer
nossas saudades...

olho-te
e vagarosamente
perco as forças,
escorrega-me a espada
e meus braços
se levantam
como se pudessem
agarrar os céus
e a me aproximar
sinto fragrancia única,
reflexo esplendido
a saltar de seus olhos
me atingem,
me fascinam,
Suspiro... Oh....
quantas saudades sentí.

Minha paz
agora é eterna tua
o mundo
espera-nos a respirar
iremos onde haja céu
onde toca-nos mar...

nos meus pensamentos
não mais ouvirei sua voz
ela será real
como espumas de uma foz
como aurora presencial...

Rosa...
não mais sentirei saudades
aceitas ir comigo
onde haja vida e beldades?


-Espartano

A volta

Me perdi em devaneios
Quando soube do fim da guerra
Fantasmas me apavoravam
Anunciando que tinha te perdido

Meu friável coração teimava em acreditar
E em um dia frio, vi através do horizonte
Sua sombra vindo em minha direção
Cambaleando fraco, porém intacto

O cheiro de teu suor me fez renascer
O toque de nsua pele me fez estremecer
Sua alma, clareava meus olhos opacos
Como tinha medo de tocar o vapor úmido...

Esqueça a espada,
Esqueça as guerras
Esqueça as atrocidades
Esqueça os feridos e os mortos...

Meu abraço te guardará do caos do mundo
Olhe o mar longíquo que dança conosco
Beba o vinho do porto que guardei pra ti
Segure minha mão, prometa não me abandonar de novo.

- Rosa

Súplica à Rosa

Rosa...
agora
imóvel
e gélido
por não mais saber o que saber.

já entardece...
Anoitece...
meus cabelos negros
em caichos recobrem meu olhar cansado
as partituras já não mais aguentam
as deixei a transpirar
e enquanto escrevo
torno a me preocupar
devo?
insanidade perturbadora...
Deveria estar ausente
porém
em prosa tu me levas
agora num longe lugar
ínclito
trazendo-me surtidos de sossego
porém vou-me...
saberá Deus o futuro
somente a ti suplico
que não me abandones.
Agora...
Ausente...

-Espartano

Não ireis te abandonar
Por mais que o sufoco lhe amordace
Por mais que a loucura te afaste
Tu és meu perfume, minha essência

Por ti, sou capaz das piores loucuras
Abismo de Rosas, e noites escuras
Ao teu lado encontro a salvação
Não se abata, a vida é uma decepção.

Crua e remelenta ela passa diante de nós
Carregando os corpos gélidos
que se perderam, são cadavéricos
Mas você não se encaixa nisso
Tu és o melhor dos inclítos.

-Rosa

Súplicas de Rosa

E agora?
Onde estão todas as pétalas que perdi pelo caminho?
Onde estão todas as belas frases ditas?
Onde estão meus amores concebidos?
E agora?
E agora, meu amante?
Onde estará você, com a sua ferocidade guerreira?
Onde estarão as palavras doces e sangrentas?
Olhe para a Rosa despetalada
Veja como adormece pacífica dobre o piano
As teclas pretas e brancas
Não tocam mais sua sonata.
E agora?

-Rosa(Lady biron)(Nayara Kobori)


Rosa prestíssima
à tais simples notas passadas não se prenda mais,
agora ja não mais ouvirás sonatas ou prelúdios,
encontrarás suas pétalas em grandiosos concertos
e seu piano jamais sofrerá de solidão,
seus dedos jamais ficarão machucados,
pois estarão calejados,
estarão insesibilizados
pela sensibilidade de seus espinhos
que perfuram meus olhos
que padecem
em tortura aprazível por me tornar
menos sofredor vivencial.

A dedicação te dará um presente
motivo a qual torná-la a mais importante fonte,
donde fabricas fotossíntese diária
donde retira hábil sangue
donde retiras o incessante corte de sua lâmina ágil.

Rosa...
ouça-me atenta...

pétalas perderá
obsoletas cartas sumirão
as velhas sonatas
um inesperado dia esquecerá...

porém...

Espartano sempre será guerreiro
Rosa sempre cheirosa
piano sempre carecido
palavra sempre confortosa
Se aquela,
que vinda de certo alguém.

o amor cante
e recante
a melodia que recorde
como inpira-me constante
aquela que procede-me
eterno e alegre
AMANTE...

-Espartano (Mateus Araujo)

Quando respiro do mesmo ar que ti
Quando te apoio nas batalhas sangrentas
Quando enxugo o suor que escorre pela sua face
Minhas pétalas se abrem suavemente
Como se o nada virasse o tudo
e o tudo se acabasse em um nada.
Talvez sejamos pessoas flageladas
Condenadas a permanecerem intocadas
E pra que, complicar o complicado
Se tudo que quero é tocar sua armadura férrica
Minhas mãos pálidas e trêmulas
Irão acariciar teu busto forte

Irei te esperar
Mesmo que essa batalha dure anos
E meu fantasma te perseguirá
Meu canto ouvirá durante a estrada sombria
E minha música te encorajará
Para ir além daquilo que é superficial
E não se sentir derrotado

E amantes...amantes...
amantes e amantes entrelaçados...

-Rosa

Torna-te cada vez mais
minha encorajadora de batalhas..
Oh Rosa minha
sua coloração sanguínea
faz me ouvir este seu canto
que se faz dos mais belos
em contrapontos e fugas vocais
e neste intenso renascimento
faz-me enchergar
as batalhas em seu findar
e com a vitória nosso reencontro
após esperar
em tamanha paciência
que em tanto tempo
pelo Espartano cantar...

-Espartano

À Rosa

Tu és a Rosa
provida de jade cortante
que germina de singela poesia
para enlevo de meu olhos
Amantes...

Sedento espartano sou
urgido de perfume matante
oufato incapaz de seguir adiante
sem seu clamor em palavras
Amantes...

Assídua inspiração surge
como liquido que lhe banha as pétalas
em contínuo ciclo
seu paradoxismo faz-me
Amante.

-Espartano

Em teu toque me encontro
Nada mais poderei desejar
Tu és o único que pode me segurar
Espartano sereno, amantes como diz.
O brilho reluzente de sua espada
Me faz enxergar como uma rosa amada
Diante de uma neblina ofuscante
A lâmina que me chama, delirante...
Sim, amantes...
Amantes de cartas
Amantes enigmáticos
Que nos fazem mais amantes...

- Rosa

Despedida

Tento desviar- me de teu olhar venéfico
Algo que me corrompe, me dilacera
Que me pragueja com um hálito maléfico
Que me seduz e me conduz.

Do que adiante continuar com essa máscara
Querendo escorraçar meus fantasmas passados
Distraio-me com essa lâmina cortante
Perfurando-me o pulso esquálido

Tu és Espartano, meu ínclito guerreiro
Sedento de batalhas sentimentalistas
Sobre um doce enlevo
Aprisionado sobre alvacentos alquimistas

E é nesse crepúsculo que me despeço de ti
Com essas lágrimas salgadas e frias
E sobre esse abismo, irei me inebriar
Banhando-me nos raios pálidos do luar.

-Rosa

Primeiras Correspondências

Ao Espartano

Te espero por longíquas estradas
Compadecendo sobre o solo
Temendo a tua morte nas batalhas
Volta-me, Espartano, por ti choro.

Me deixastes numa manhã quente
Abraçou-me pela última vez
Erguendo sua espada ausente
Que refletia minha palidez

Preciso secar milhas lágrimas salgadas
E não importa porquê elas caem...elas caem.
Medo de perder-te, sucumbir á loucura
Mas quando abro-me contigo, tudo renova-se.

E em nossas promessas de amor
a Lua é nossa testemunha
Ninguém irá escarnecer a nossa história
Tu és prestimoso, torno-me mais dependente de tuas palavras

Irei me aludir á você
Com teus pretextos e teus ideais
com romances escritos e outrora ditos
Faremos um conto, mais belo e mais avassalador.

E as falas de amor
algo que não posso segurá-lo
Que escorre por entre meus dedos
Mesmo que tente apertá-lo

Nesse caminho longíquo em que ando
As lágrimas regam meus pés,
sem o esplêndido e sem o aprendiz
Minha carta envio a ti, minha solidão infeliz.

- Rosa.